Conhece aquele provérbio português que diz... "As aparências iludem"? Pois é, essa é uma boa frase, o problema é que já está muito usada. Tal como estão todos os outros provérbios. Porque acha que lhes chamam "provérbios populares"?
E porque nos temos de contentar com estes provérbios do tempo dos nossos avós e bisavós? Eles já estão tão usados... os provérbios, claro.
O melhor é começarmos a criar os nossos próprios provérbios populares, o que é também uma forma de sermos originais. Imagine só a cara com que vão ficar os seus amigos, quando lhes aparecer a dizer provérbios inventados por si.
Eles vão ficar de queixo caído, estupefactos com a sua originalidade e capacidade de criar coisas novas. Ou porque não entenderam uma palavra do que disse, e pensem que chegou a hora de o internarem num manicómio. Dica: se vir que eles estão inclinados para a segunda hipótese, diga que são provérbios chineses... afinal estes também são muito populares, e ninguém entende chinês mesmo.
Bem, eu já fiz a minha parte e finalmente usei alguns dos neurónios que estavam aqui à boa-vida. Peguei num monte de provérbios populares, e combinei uns com outros, de modo a criar provérbios portugueses novos e fresquinhos. Se eles se vão tornar populares ou não, é que ainda não sei.
Como disse? Estes provérbios não fazem qualquer sentido? E daí? Os discursos dos ministros também não, e ninguém se importa... Bem, segue a lista dos meus novos provérbios.
Provérbios portugueses originais
- A fruta proibida... não se olha o dente.
- A galinha da vizinha... faz sair o lobo do mato.
- A minha liberdade acaba... onde pariu um rato.
- A mulher e a sardinha... fazem o ladrão.
- A noite... é mãe de todos os vícios.
- Amigos dos meus amigos... antes quebrar que torcer.
- Antes só do que... nunca.
- Ao rico não faltes, ao pobre... nunca falta que fazer.
- Apanha-se mais depressa um mentiroso... com mel do que com vinagre.
- As aparências enganam... ou é pecado ou faz mal.
- As palavras são como as cerejas... parem cães tortos (???).
- Barriga cheia... é ouro.
- Boca calada... boda abençoada.
- Boda molhada... chifrada certa.
- Briga de marido e mulher... cada qual no seu lugar.
- Cada cabeça... tem a sua tampa.
- Cada qual... a seu dono.
- Cão que ladra não morde... e Deus sabe de todos.
- Casa de esquina,... alumia duas vezes.
- Casa de ferreiro... trancas à porta.
- Casa roubada... espeto de pau.
- Cautela e caldo de galinha... não vivas para comer.
- Com os males dos outros... não se apanham moscas.
- Com papas e bolos... deite na cama.
- Da mão à boca... se torce o pepino.
- De noite... Deus dá o frio conforme o cobertor.
- Desconfiar de homem que não fala... e que cedo madruga.
- Deus dá nozes... por linhas tortas.
- Em boca fechada... jacaré nada de costas.
- Em casa onde não haja pão... não se mete a colher.
- Entre marido e mulher... espeto de pau.
- Fala-se no Diabo... pretendentes à porta.
- Galinha velha... tem medo de água fria.
- Homem prevenido... antes na cadeia do que no hospital.
- Juntam-se as comadres... está o caldo entornado.
- Macaco velho... será comido pelo lobo.
- Mais vale perder um minuto na vida... do que dois voando.
- Mulher honrada... nela te deitarás (?).
- Não alimentes burros... na frente dos bois.
- Não deixes para amanhã o que... não gostas que te façam a ti.
- Não é por muito madrugar... que os bodes estão soltos.
- Não há bela sem senão... nem rosas sem espinhos.
- Não há duas... por pouco dinheiro.
- Não há galinha gorda... que o tempo não cure.
- No meio... cai a nódoa.
- O bom filho... acredita em tudo o que lhe dizem.
- O bom médico... fala todas as línguas.
- O dinheiro não dá a felicidade... e não faz o monge.
- O homem põe e... é consolo de parvos.
- O pior cego... cai sempre com a manteiga para baixo.
- O que os olhos não vêem... já eu me esqueci.
- O sol quando nasce... não mata ninguém.
- Onde canta galo... não metas a colher.
- Onde há fumaça... a caravana passa.
- Os últimos... não se medem aos palmos.
- Ovelha que berra... não volta atrás.
- Para baixo todo santo ajuda, para cima... bacalhau basta.
- Para grandes males... basta estar vivo.
- Para o bom entendedor... toda a cama é boa.
- Patrão fora... não puxa carroça.
- Pau que nasce torto... não ofende.
- Pelo Sao Martinho... Deus te ajudará.
- Quando a esmola é grande... quem se lixa é o mexilhão.
- Quando um burro fala... todos o pisam.
- Quem canta... duas vezes põe a mesa.
- Quem chora... quer casa.
- Quem desdenha... ouve o que não quer.
- Quem diz as verdades... entra na chuva pra se molhar.
- Quem é amigo de todos... sempre aparece.
- Quem espera por sapatos de defunto... é peru de Natal.
- Quem está no convento... não se afoga.
- Quem morre de véspera... não petisca.
- Quem não quer ser lobo... caça com gato.
- Quem não semeia... não manduca.
- Quem não tem cabeça para pensar... quando come se lambuza.
- Quem nasceu para tostões... é mal servido.
- Quem o feio ama... é macaco gordo.
- Quem sabe sorrir... não degenera.
- Quem sai aos seus... mete-se em trabalhos.
- Quem se mete em atalhos... comerá do que trouxer.
- Quem tem boca... se mete em apertos.
- Quem tudo quer... vai a Roma.
- Quem vê caras... avia-se em terra.
- Se Deus o marcou... que trabalhem os doentes.
- Se o trabalho dá saúde... quem não o aproveita é louco.
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