Adaptação de um texto engraçado encontrado algures na Net, "Desabafos de um Homem Moderno"…
Meus amigos, pensei um bocado na vida e é triste... simplesmente triste... Um gajo dantes chegava a casa do trabalho e a mulher vinha cumprimentar, seguida do cão, aos pulos e a abanar a cauda, contente e satisfeito por o dono estar de volta.
Dava-se um beijo, perguntava-se como correra o dia... essas coisas! Depois um gajo abancava no sofá da sala, ligava a televisão no programa desportivo ou nas notícias enquanto a sua esposa na cozinha preparava o jantar. Acabado que era, ela chamava o gajo para a mesa, baixinho para não interferir com a informação.
Um tipo jantava um belo dum entrecosto grelhado e de vez em quando passava a mão pela "febra", descobrindo as meias de ligas e a lingerie rendada que a mulher pusera para o agradar. Cafezinho servido e um balão de conhaque acamavam a refeição, enquanto na TV passava um filme de suspense.
Entretanto a mulher dedicada ia trocar de roupa para levantar a mesa e passava de avental por cima do body decotado e correspondente cinto de ligas, desfilando enquanto fazia as lides domésticas.
Um gajo entretanto mandava-a para a cama, aquecer o leito, enquanto ia à casa de banho dar um retoque na higiene. Na cama, a esposa fazia uma massagem ao seu marido trabalhador e depois, se ele assim o entendesse, faziam amor, após o que ele dormia um sono descansado, apenas para acordar no dia seguinte com um beijo de bons-dias acompanhado do pequeno almoço.
Era a assim a vida antigamente…
Hoje? Hoje não há nada disto... Hoje em dia um tipo chega a casa e a gaja não está porque teve uma reunião até mais tarde... Mas para que é que ela trabalha? E depois um gajo não pode ter cão porque a associação de condóminos acha que o bicho suja as escadas! Afinal quem é que traz os chinelos? Eles?
Como não há gaja, um tipo vai ali à Frangolândia da esquina buscar uma coisa qualquer cheia de nitrofuranos para debicar. Chega a casa vai para a sala, senta-se e pimba: eis que entra a gaja, cheia de pressa, saca uma coxa da ave, o pacote de batatas fritas que um gajo teve meia hora para escolher e abanca alegremente no sofá mais confortável com o comando da TV na mão. Faz perguntas de retórica do tipo "Tão? Tásse? Correu bem?" e pior, responde logo a seguir: "Fixe pá. Baril. Cool. Agora péra aí!"
"Péra aí!" Sabem para quê? Para desatar a fazer um zapping pelos canais todos da TV Cabo em busca de telenovelas mexicanas e programas da tanga. Epa, não há pachorra para isto... Fica um tipo sem a coxa do frango, sem batatas, sem TV...
Bem, um gajo vai à casa de banho naquela de cuidar da higiene e pá... aquilo está cheio de frasquinhos cor de rosa com uns nomes ilegíveis... mas para que é que a gaja quer tanto frasco? Irra!
É melhor ir para a cama... Então um gajo deita-se, cansado e farto da vida, quer dormir, e assim que adormece, eis que chega a gaja, atirada para cima da cama assim à bruta já toda nua, sem um pingo de lingerie provocante, destapa um gajo, senta-se-lhe na cara, e grita "Lambe-me!" No fim vem-se umas 15 vezes sem sequer um tipo atingir o orgasmo...
Depois ainda tem a lata de pedir ao gajo para lhe chegar um cigarrinho e uma garrafinha de água que, claro, estão espalhados pela casa toda... Um gajo até é um querido e não sei quê, vai buscar as coisas que ela pediu e quando chega já a gaja dorme, ressonando que nem um cavalo, só para acordar no dia seguinte, dar uma cotovelada no lombo dum gajo e dizer: "Oi amor... vai lá buscar pão pá gente tomar o pequeno-almoço..."
Já não há carinho... Onde está o amor que unia nossos pais? Onde, o respeito, a cena familiar? Onde estão os preliminares?!